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Gilmar Mendes vota por liberdade de Robinho; prisão mantida por ora por 3 votos a 1
“Tamo junto, Gilmar!” – defesa de Robinho comemora voto a favor da liberdade do jogador
Quem diria, em pleno 2021, a gente vai celebrar um voto do Gilmar Mendes?
Você deve estar se perguntando: “O que diabos o Gilmar Mendes tem a ver com futebol e com a situação do Robinho?”. Pois é, meu caro leitor, aparentemente, mais do que a gente imagina.
Para quem não sabe, Robinho, ex-jogador do Santos e da Seleção Brasileira, foi condenado em primeira instância, em 2017, pelo crime de violência sexual contra uma mulher albanesa em uma boate na Itália. Desde então, vem lutando para reverter a decisão e evitar a prisão.
Jogada ensaiada
Surpreendentemente (ou nem tanto), o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, votou a favor da liberdade do jogador neste caso, alegando que houve “omissão” por parte da Justiça italiana e que o processo deveria ser anulado.
Mas essa não é a primeira vez que as opiniões sobre casos criminais de Gilmar Mendes geram furdunço. O ministro já foi apontado como “leniente” em casos que envolvem figuras políticas e agora, com essa decisão em prol de Robinho, a crítica se estendeu ao seu conhecimento futebolístico.
Precisamos conversar sobre a cultura do estupro
Mas, afinal de contas, o que de fato importa nessa história? O jogo político entre Gilmar Mendes e os defensores do jogador ou a justiça em si? Independentemente de quem está certo ou errado, essa situação nos faz refletir sobre a cultura do estupro que ainda é muito enraizada no Brasil.
O fato de um jogador de futebol, considerado ídolo por muitos, ser condenado por violência sexual e ainda contar com defensores fervorosos, mostra o quanto ainda precisamos evoluir em relação ao respeito às mulheres e à importância de combater casos como esse.
Conclusão
Gilmar Mendes votou a favor da liberdade de Robinho, mas a situação ainda não está definida, já que o placar está em 3 votos a 1. Independentemente do resultado final, o importante é abrir espaço para discutirmos e conscientizarmos sobre a cultura do estupro e a importância de apoiarmos as vítimas e criminalizar essa prática. E, quem sabe, torcer para que, no futuro, votos como o de Gilmar sejam dados em prol da justiça, e não de interesses políticos ou pessoais.